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Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Administração com ênfase em Marketing pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP.

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Autor: Luiz Claudio Zenone

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Marketing Socialmente (e Mercadologicamente) correto: do simples ao arrojado


As empresas se preocupam cada vez mais associar a imagem do produto, marca ou institucional a ações que demonstrem seu compromisso social alinhada a uma gestão ética e sustentável. As ações podem ser das mais simples, como aquelas que promovem o uso de sacolas retornáveis nos PDV´s em substituição as sacolas plásticas (no caso do varejo), ou arrojadas (o termo aqui colocado se refere a empresas que desenvolvem ações com características inovadoras) como no caso de uma rede de supermercados inglesa, a Sainsbury (publicado na Revista Supervarejo – nr. 119 – outubro/2010 – pg. 106), que implementou uma tecnologia que absorve energia dos veículos que entram e saem de seus estacionamento e transferem esta energia para o supermercado (esta energia alimenta as caixas da loja).  Ainda segundo esta reportagem, em 2009, o Carrefour deu início a um “programa de reaproveitamento do óleo utilizado para as frituras e que pode ser aproveitado para o funcionamento de geradores de energia”. A população pode participar deste projeto depositando o óleo utilizado nas entradas das lojas da rede de supermercados. Em março de 2011, a PepsiCo apresentou ao mercado a primeira garrafa 100% reciclável e produzida com produtos naturais (aveia, batata, casca de pinus e de laranja) e que será utilizada a partir de 2012 economizando 17 milhões de barris de petróleo por ano que eram utilizados para fabricação das embalagens tradicionais[i]. Até a toda poderosa Coca-Cola, lançou no mercado brasileiro uma variedade da garrafa PET feita parcialmente com matéria-prima de origem vegetal, tudo isso porque o consumidor está cada vez mais atento as questões ambientais e, a embalagem, sem duvida alguma, tem um enorme peso no processo de degradação das condições ambientais do planeta.

Além de trazer um pacto favorável ao ambiente social e ecológico, estas ações atraem o consumidor, oferecem prestígio e visibilidade a marca, diminuem os conflitos entre empresa e o mercado, melhoram as relações de trabalho (relações mais harmoniosas) e transformam as empresas em objeto de desejo dos acionistas entre muitos outros benefícios incluindo a possibilidade de associar ações de merchandising, promoções e propagandas da marca ou institucional. Fica evidente que o sucesso dos projetos sustentáveis passa pelo equilíbrio entre os resultados econômicos, mercadológicos e ambientais. (Prof. Dr. Luiz Claudio Zenone)



[i] Informações extraídas da Revista América Econômica de Abril/2011 (nr. 398), páginas 74-81.

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