Até
alguns anos atrás, o consumidor era paciente, reclamava menos, tolerava mais
algum deslize da empresa, mas este cenário já não existe mais. Com o aumento
significativo de produtos, marcas e empresa, de uma concorrência a cada dia
mais acirrada, e de meios de comunicação mais democráticos e interativos o
consumidor vem experimentando um poder jamais visto anteriormente. A facilidade
em entrar em um site de reclamação e disparar comentários para milhares de
consumidores espalhados nas diversas redes sociais, ou de trocar de empresa,
marca ou produto a partir de um click
no mouse, e de comparar preços, prazos de entrega, e buscar informações sobre
as características do produto tem influenciado o comportamento do consumidor
tornando-o mais sensível a qualquer problema no atendimento. Até ai ótimo, pois
vem obrigando as empresas e uma melhoria continua na forma que comercializam o
produto, a qualidade e como e realizado o atendimento. O problema surge quando
a hipersensibilidade passa para o processo de ofender, magoar e inclusive
partir para uma ação física. Quem trabalha em um Call Center, por exemplo, sabe exatamente o que estou me referindo.
Alguns consumidores, muitas vezes por motivos banais, passam a ofender os
atendentes, humilhá-los de forma acintosa (propósito de fazer mal) em situações
que muitas vezes os mesmo não têm poder de decisão nenhuma sobre o assunto. Nos
pontos-de-venda físicos a situação não e diferente. Já presenciei por algumas
vezes o consumidor partindo para uma agressão física a um funcionário do
estabelecimento ou insultando-o com palavras, gestos e atitudes. O funcionário,
treinando para entender que o cliente sempre tem razão, passivamente ouvindo e
aceitando as provocações. Mas, será que a empresa deve treinar o funcionário
para entender que “o cliente sempre tem razão” ou devem-se colocar limites e
prepará-los para agir determinada forma quando for “um cliente sem razão”? (Prof.
Dr. Luiz Claudio Zenone)
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