Será
que quando um consumidor se dirige até um ponto comercial ele só tem como o
objetivo a compra de um produto ou serviço? Já faz algum tempo que os shoppings
se transformaram em um ponto de encontro para estabelecer relacionamentos,
contatos ou ter contato com os produtos e marcas e saber das novidades
disponíveis no mercado. Mas,
aparentemente, este fenômeno não acontece apenas nos shoppings. Outros
estabelecimentos começam a perceber esta mudança de comportamento do consumidor
que prefere ter sensação e experiência com os produtos e marcas nos locais
físicos e, depois, comparar e complementar as informações através do formato
virtual (e-commerce) para ai sim efetuarem as compras. Por isso, o grande
desafio e tornar o ambiente agradável e propício para a compra por impulso, mas
não tal ponto de ser uma compra compulsiva. O compulsivo é uma ação repetitiva,
exagerada e normalmente entendida como fora dos padrões comuns chegando a um
estado doentio se tornando dependentes de certas atitudes precisando fazê-las
sem limites para que possam se sentir bem (e normalmente posteriormente se
arrependem). Sem dúvida, ações
mercadológicas que estimulam ou levam a um processo de compulsão de compra ou
de consumo não são recomendadas. Ou seja, é o consumo apenas pelo consumo e não
pela necessidade. Ações de marketing que levam ao consumo compulsivo afastam o
consumidor do ponto-de-venda. O impulso aqui descrito é mais no sentido de
encorajar e movimentar o consumidor a uma determinada ação sem excessos de
persuasão. Uma oferta bem elaborada de tal forma que não conflite com outros
canais de venda, a apresentação de um produto exclusivo comercializado somente
naquele local, um serviço adicional que possa agregar valor ao consumidor ou,
por exemplo, simplesmente pelo fato dele poder levar o produto naquele momento
podem levar a uma situação de impulso dentro dos limites éticos e responsáveis
aceitáveis, e jamais que extrapolam a racionalidade. Sabe-se que os apelos
emocionais têm forte influencia no consumo, por isso, deve-se adequar a
estratégia dentro de certos limites eliminando o consciente, ou seja, a compra
por impulso deve ter muito mais haver com a ação do que a persuasão! Assim, as
empresas podem caminhar para um equilíbrio entre em ponto que leve a venda a o
mesmo tempo crie espaços para novidades e relacionamentos. (Prof. Dr. Luiz
Claudio Zenone)
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