O
ponto-de-venda está se transformando e com isso, a necessidade é cada vez maior
de compreender como lidar com as novas características e formato. Antes
tínhamos a loja física e a distribuição era verticalizada, ou seja, o
fabricante vendia para o distribuidor que vendia para o atacadista que atendia
o varejista e que neste elo final da cadeia de distribuição comercializava com
o cliente final (consumidor). A distribuição era praticamente linear e cada um
destes elementos tinha um papel bem específico e a responsabilidade era bem
clara de cada um neste processo. O distribuidor negociava grande volume junto
as indústrias (deixando elas felizes por não ter que negociar com diversos
clientes), oferecia ao atacadista com a vantagem de incorporar diversos produtos
e marcas, este cuidava de garantir o abastecimento dos pequenos varejistas que
estavam preocupados em atender o cliente. Bem, o mercado mudou! A pressão
exercida pelo custos e a necessidade de se diferenciar e entre muitas outras
coisas alterou essa estrutura tradicional. A indústria hoje atende diretamente
o consumidor em razão dos avanços dos sistemas logísticos e de aparecimento do
e-commerce que possibilitou acessar o consumidor diretamente. O distribuidor
percebendo isso começou desenvolver suas marcas próprias de produtos e, também,
criar sua rede varejista. O atacado foi de vez para o varejo (atacarejo)
oferecendo ao consumidor preço e volume. E o varejo se organizou através de
franquias, cooperativa de compras ampliou seus pontos de vendas e se associou a
grandes marcas. Percebe-se então que a estrutura passa a não ser mais linear e
sim matricial. Isso porque, um mesmo fabricante pode utilizar do canal direto
para vender alguns de seus produtos ou atender alguns de seus mercados e
utilizar de outros formatos em outras situações. Isto acontece o mesmo com os
distribuidores, atacadistas e varejistas. O consumidor ganha como a diversidade
de formas de comercialização e pela conveniência oferecida, mas a empresa ganha
um tremendo desafio. O desafio é administrar e gerenciar adequadamente todos os
formatos e ter uma logística com muita eficiência para suportar as diferentes
estratégias. (Prof. Dr. Luiz Claudio Zenone)
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