A estratégia de preço de uma
empresa pode ser baseada no custo para produzir ou para comercializar
(incluindo os impostos) ou em função da margem que se deseja obter, mas também
acontece de ser baseado na concorrência ou até mesmo baseado no preço praticado
pelo mercado (estratégico) ou pelo valor da marca ou uma combinação de todas
estas formas o que permite, de uma forma matricial, um variedade de
possibilidades. As empresas se esforçam para praticar um preço que permita ter
um lucro satisfatório e, principalmente, não entrar em uma guerra de preço com
o concorrente. Competir pelo preço é sempre uma estratégia complicada onde pode
“canibalizar” o mercado. Esse termo é usado quando as empresas começam a
competir pelo preço e uma tenta oferecer uma condição comercial mais vantajosa
para o cliente do que o concorrente. O resultado é que ambas as empresas
perdem, uma pelo fato de provavelmente quebrar e a outra por não conseguir
voltar aos preços praticados anteriormente no mercado em razão do consumidor
estabelecer um novo patamar de preço para o produto ou serviço. Para escapar
desta armadinha as empresa buscam apresentar um preço “Premium”, ou seja,
agregando valor através de serviços adicionais, ou uma vantagem superior em
termos de produto ou serviço (ou até mesmo oferecendo um mix de produto mais
completo), ou dando maior conveniência do que o concorrente, ou até mesmo estabelecendo
uma comunicação que possibilita posicionar a marca da empresa junto a
determinados segmentos etc. Outro risco associado a estratégia de preço é o
fato de uma pequena alteração no preço pode mudar o segmento de atuação da
empresa e, com isso mudar as relações com o microambiente. Além disso, poderá
perder os clientes anteriores em razão de não mais oferecer os atributos que a
marca anteriormente oferecia. O consumidor, por sua vez, está cada vez mais
atento ao preço e a relação custo benefício que a empresa pode oferecer. Ele
compara, analisa, pesquisa, estuda, reflete cada vez mais antes de adquirir
um produto ou serviço. A internet trouxe
para o consumidor uma fonte riquíssima de possibilidades de negociação. Existem
inclusive sites que fazem esta analise e comparam os preços entre as diversas e
pontos-de-venda. As marcas próprias desenvolvidas pelo varejo, os preços de
fábrica, a comprar pela internet tinham antes o apelo de serem mais baratas,
mas hoje mesmos através destes formatos, as empresas procuram apresentar
valores adicionais para não competir com o preço e não permitir conflitos com
outros canais de venda que ela disponibiliza. A empresa deve fugir do seguinte
dilema: vender por preço baixo e comprometer a margem de lucro ou por um preço
elevado e comprometer a venda e a imagem. Não se tem uma regra, a empresa deve
conhecer muito bem o mercado, conhecer muito bem seus produtos e acompanhar
muito de perto o consumidor para uma política de preço adequada. (Prof. Dr.
Luiz Claudio Zenone)
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