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Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Administração com ênfase em Marketing pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP.

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Autor: Luiz Claudio Zenone

quinta-feira, 20 de março de 2014

Produtos Nordestinos

A loja comercializa produtos típicos nordestinos, incluindo uma lanchonete. Ela nasceu com a ideia de comercializar chocolates e empadas e algumas bebidas geladas, entretanto, no primeiro mês se constatou que os clientes não eram consumidores de chocolates e empadas. Após o primeiro  mês, constatamos que no local da instalação havia 2 tipos de públicos: um  na sexta e sábado  à noite e outro no sábado e no domingo à tarde, ambos distintos.  A loja, então, começou a trabalhar mais com o publico de sexta e sábado à noite e foi percebendo que o público de sábado e domingo à tarde não consumia o que o público da noite consumia. As vendas eram muito baixas. A partir daí constatou-se a necessidade de mudar os produtos para o público diurno, mas não empadas e  chocolates, os quais já tinham sido descartados, por desinteresse dos consumidores. Após muita conversa e pesquisa, resolveu-se comercializar, para o público diurno, produtos tipicamente nordestinos, pois a loja está instalada num centro de tradições nordestinas, não havendo, no local, concorrentes direitos. Foram disponibilizados alguns produtos básicos do nordeste, somando-se alguns produtos mineiros, num verdadeiro “mix” e a aceitação do público foi muito boa, garantindo o funcionamento da loja.
Hoje, algumas estratégias de venda estão em curso, a saber: Dentro do CTN (Centro de Tradições Nordestinas) vigora a política de concorrência, ou seja, salvo os grandes restaurantes, os pequenos quiosques só podem, cada qual, comercializar um tipo de produto. Ex:  um comercializa produtos nordestinos, outro comercializa tapioca, outro vende sorvetes, outro oferece caldos, outro vende churrasco e assim por diante. Não temos, portanto, novos entrantes de concorrência. A principal estratégia utilizada, repete-se, foi diversificar os produtos,  colocando à disposição do público diurno produtos que não são comercializados à noite. Como se pode perceber pelas fotografias, durante o dia existe uma mesa com vários tipos de produtos que vêm do norte, nordeste e Minas Gerais, restando para o público noturno uma lanchonete normal, com oferecimento de lanches e bebidas. Mesmo no que se refere ao público noturno, constatou-se que os que vão na sexta-feira à noite têm um poder aquisitivo maior do que aqueles que vão no sábado à noite. Na fixação do preço, levamos em conta essa diferença de poder aquisitivo, além do fato da demanda ser maior no sábado. Procuramos colocar na bancada, para o público diurno, novidades indicadas pelos próprios consumidores ou disponíveis no mercado, o que provoca o constante interesse dos consumidores em busca de tais novidades.
Outra circunstância que percebemos é que os consumidores diurnos sentem a necessidade de tocar nos produtos. Não compram sem olhar e pegar, por isso deixamos os produtos ao seu alcance. Existe na loja, ainda, o marketing degustativo, o qual, também, influencia na compra. Sempre tem uma variedade de produtos para degustar, estratégia que tem demonstrado resultados. Como a loja trabalha com um grande “mix” de produtos, alguns clientes, a caminho do almoço nos grandes restaurantes, ao passarem em frente à loja, pedem para reservar determinado produto, o que é feito, pois a quantidade de itens é limitada. Os consumidores são, na grande maioria, nordestinos que estão em São Paulo trabalhando, sem data marcada para volta à terra natal. Saudosos de suas origens e da terra natal, comparecem ao CTN para, de uma certa forma, matar as saudades. Comem comidas típicas, dançam músicas nordestinas  e acabam adquirindo na loja, produtos que lembram a terra natal e, muitas vezes, relembram a infância. Buscamos, em suma, com nossos produtos típicos, provocar uma verdadeira “volta ao Passado” A loja fica localizada no acesso ao palco e aos restaurantes, trata-se, portanto, de acesso obrigatório tanto na entrada, quanto na saída, esquerda e direita, respectivamente. Na saída, não é raro que os consumidores parem para adquirir alguns produtos para consumo em casa. A estratégia para o público noturno é diferente. Esse público consome, em suma, bebidas, as quais são comercializadas por todos os concorrentes, e lanches. O preço das bebidas é tabelado, então, a estratégia para incrementar as vendas é prestar um atendimento simpático, rápido e eficiente.
Loja de Produtos Nordestinos
Na sexta à noite, o “marketing” depende muito da própria casa (CTN), porque existem shows pagos de artistas conhecidos. Para atrair consumidores disponíveis a gastar, o CTN precisa fazer uma divulgação eficaz, via redes sociais, rádios,  “outdoors”, jornais de bairros e dentro do próprio CTN, com a distribuição de folhetos. Os “shows” pagos acontecem sempre às sextas-feiras, uma ou duas vez no  mês. Muitas vezes, infelizmente, o CTN faz “marketing” negativo, cancelando “shows”, cujos  ingressos já foram vendidos. No amplo espaço do CTN, para atender as mais variadas necessidades dos consumidores, existe uma serie de atrações, a saber: Igreja do Padre Cícero, um pequeno museu, um pequeno parque de diversões, feira de artesanato, duas rádios, amplo estacionamento, berçário, guarda  volumes, quiosques  e os restaurantes, locais onde mais se vende “baião de dois” do mundo. O Centro de Tradições Nordestinas, em suma, é uma junção de estratégias para chamar os seus consumidores ticos nordestinos.
Atividade desenvolvia pelo (a) aluno (a) Vitor Dantas Diniz para a disciplina Gestão Estratégica de Marketing (Curso MBA em Marketing) do Professor Dr. Luiz Claudio Zenone

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