Os sites de compras coletivas como o “Peixe Urbano”
(www.peixeurbano.com), “ClickOn” (www.clickon.com.br), “Nossa Vitrine” (www.nossavitrine.com.br) ou clubes de compra como o “Brands Club” (www.brandsclub.com.br), “Detonaweb” (www.detonaweb.com.br) , apenas para citar alguns
exemplos, estão virando moda no mercado brasileiro atingindo aqueles
consumidores loucos por descontos e por oportunidades de compras imperdíveis de
produtos e serviços, permitindo ações de marketing baseadas na compra por
impulso. Este novo canal de venda (e se for bem utilizado de relacionamento
também), que mais parece um Shopping de
Desconto Virtual, já conta com mais de 1,2 mil endereços que oferecem descontos
de até 70% (informação extraída da Revista América, número 398, abril/2011,
página 46). Segundo a Revista Exame[i],
“essas empresas estão de olho num mercado que estima ter faturado R$ 1 milhão
em junho, R$ 4 milhões em julho, R$ 6 milhões em agosto e deve movimentar de R$
30 milhões a R$ 50 milhões em 2011, alcançando entre sete e oito milhões de
usuários até o fim de 2010”. O modelo de negócios é simples. A partir das
parcerias com empresas, principalmente de gastronomia, entretenimento e beleza,
os sites disponibilizam ofertas diárias com descontos que podem variar de 50% a
90%. O processo é simples, os sites de compras coletivas fazem as parcerias com
as lojas, restaurantes e outras empresas interessadas em participar deste
formato de vendas; estas empresas preparam a oferta que será oferecida e as
regras de participação (planejamento); o consumidor normalmente é convidado a
se cadastrar no site e a partir daí começa a receber as ofertas preparadas
pelas empresas e, caso adquira um produto ou serviço o mesmo recebe um cupom (com
um código) que deverá ser impresso e no dia marcado deve levar para ter acesso
ao serviço ou apresentar no momento de receber o produto. Um fato interessante
é que, dependendo do número de compradores, os consumidores conquistam certo
desconto ou vantagem. O Buzz Marketing
e o Marketing Viral são mecanismos
importantes de divulgação deste novo tipo de canal de compras, ou seja, dependem da ajuda dos próprios consumidores
para divulgarem as ofertas da empresas que participam. Esses consumidores, na
suas maiorias jovens que adoram comprar pela internet utilizam as redes sociais
virtuais como principal canal de divulgação. Mas, tanto empresas que participam
destes sites de compras coletivas como os consumidores devem ter muitos
cuidados na hora de planejar suas ofertas e ações mercadológicas. Muitas
reclamações começam a aparecer também em relação ao que foi oferecido e como
foi oferecido. Existe uma série de relatos na Internet de consumidores que não
receberam o produto encomendado, pois estava em falta em razão de uma análise
inadequada sobre a demanda ou que o serviço oferecido no dia estava de péssima
qualidade ou que os preços não eram na verdade tão vantajoso assim, entre
muitas outras. Os principais problemas apresentados envolvem: divergência entre
o serviço prestado e o oferecido; Falha na emissão dos cupons; falhas na
comunicação entre os sites de compras e as empresas que fazem parte do programa
de compras coletivas (os chamados parceiros); saturação do comércio, o que
acaba comprometendo a qualidade dos serviços prestados; demora na prestação de
serviço ou da entrega do produto etc. Assim como toda e qualquer promoção, a
empresa deve cuidar da estratégia com muito cuidado para não “canibalizar” o
mercado, apresentando ofertas que transformam em uma guerra de preços, ou “condicionar”
o consumidor a comprar apenas quando está em oferta, não permitir que o produto
falte ou que a capacidade de prestar o serviço esteja abaixo da demanda etc.
(Prof. Dr. Luiz Claudio Zenone)
[i] Informações extraídas da
Revista Exame.com. http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/esquenta-briga-mercado-compras-coletivas-597780 em matéria publicada no dia
20/09/2010. Acesso em 06/04/2011.
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