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Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Administração com ênfase em Marketing pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP.

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Autor: Luiz Claudio Zenone

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Compras Coletivas – novo formato de comercialização através do e-commerce


Os sites de compras coletivas como o “Peixe Urbano” (www.peixeurbano.com), “ClickOn” (www.clickon.com.br), “Nossa Vitrine” (www.nossavitrine.com.br) ou clubes de compra como o “Brands Club” (www.brandsclub.com.br), “Detonaweb” (www.detonaweb.com.br) , apenas para citar alguns exemplos, estão virando moda no mercado brasileiro atingindo aqueles consumidores loucos por descontos e por oportunidades de compras imperdíveis de produtos e serviços, permitindo ações de marketing baseadas na compra por impulso. Este novo canal de venda (e se for bem utilizado de relacionamento também), que mais parece um Shopping de Desconto Virtual, já conta com mais de 1,2 mil endereços que oferecem descontos de até 70% (informação extraída da Revista América, número 398, abril/2011, página 46). Segundo a Revista Exame[i], “essas empresas estão de olho num mercado que estima ter faturado R$ 1 milhão em junho, R$ 4 milhões em julho, R$ 6 milhões em agosto e deve movimentar de R$ 30 milhões a R$ 50 milhões em 2011, alcançando entre sete e oito milhões de usuários até o fim de 2010”. O modelo de negócios é simples. A partir das parcerias com empresas, principalmente de gastronomia, entretenimento e beleza, os sites disponibilizam ofertas diárias com descontos que podem variar de 50% a 90%. O processo é simples, os sites de compras coletivas fazem as parcerias com as lojas, restaurantes e outras empresas interessadas em participar deste formato de vendas; estas empresas preparam a oferta que será oferecida e as regras de participação (planejamento); o consumidor normalmente é convidado a se cadastrar no site e a partir daí começa a receber as ofertas preparadas pelas empresas e, caso adquira um produto ou serviço o mesmo recebe um cupom (com um código) que deverá ser impresso e no dia marcado deve levar para ter acesso ao serviço ou apresentar no momento de receber o produto. Um fato interessante é que, dependendo do número de compradores, os consumidores conquistam certo desconto ou vantagem. O Buzz Marketing e o Marketing Viral são mecanismos importantes de divulgação deste novo tipo de canal de compras, ou seja,  dependem da ajuda dos próprios consumidores para divulgarem as ofertas da empresas que participam. Esses consumidores, na suas maiorias jovens que adoram comprar pela internet utilizam as redes sociais virtuais como principal canal de divulgação. Mas, tanto empresas que participam destes sites de compras coletivas como os consumidores devem ter muitos cuidados na hora de planejar suas ofertas e ações mercadológicas. Muitas reclamações começam a aparecer também em relação ao que foi oferecido e como foi oferecido. Existe uma série de relatos na Internet de consumidores que não receberam o produto encomendado, pois estava em falta em razão de uma análise inadequada sobre a demanda ou que o serviço oferecido no dia estava de péssima qualidade ou que os preços não eram na verdade tão vantajoso assim, entre muitas outras. Os principais problemas apresentados envolvem: divergência entre o serviço prestado e o oferecido; Falha na emissão dos cupons; falhas na comunicação entre os sites de compras e as empresas que fazem parte do programa de compras coletivas (os chamados parceiros); saturação do comércio, o que acaba comprometendo a qualidade dos serviços prestados; demora na prestação de serviço ou da entrega do produto etc. Assim como toda e qualquer promoção, a empresa deve cuidar da estratégia com muito cuidado para não “canibalizar” o mercado, apresentando ofertas que transformam em uma guerra de preços, ou “condicionar” o consumidor a comprar apenas quando está em oferta, não permitir que o produto falte ou que a capacidade de prestar o serviço esteja abaixo da demanda etc. (Prof. Dr. Luiz Claudio Zenone)



[i] Informações extraídas da Revista Exame.com. http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/esquenta-briga-mercado-compras-coletivas-597780 em matéria publicada no dia 20/09/2010. Acesso em 06/04/2011.

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