Em
estado de dicionário, relacionamento é a arte de conviver e lidar com os outros
ou, também, o resultado da ação de relacionar-se. Do ponto de vista empresarial
está tarefa não é das mais fáceis, exigindo investimentos em tecnologia,
mudanças nos processos organizacionais e muito treinamento e capacitação dos
profissionais que atuam no atendimento a clientes. Contudo, todo este
investimento poderá ser desperdiçado se a empresa não desenvolver uma
estratégia adequada ao público-alvo que deseja atingir, ao produto ou serviço
que comercializa, ao posicionamento da marca, ao setor onde atua e a missão e
os valores enraizados na cultura organizacional. O investimento em tecnologia
aplicada ao relacionamento com o cliente pode contribuir na identificação de oportunidades
e de ameaças, reduzir o custo de retenção e de aquisição de clientes, no
aumento no desempenho financeiro do marketing, mas desde que as pessoas e os
processos estejam alinhados as ações de marketing. Por isso, o primeiro e
decisivo passo é concentrar os esforços no desenvolvimento de uma estratégia de
relacionamento, em seguida verificar os processos organizacionais existentes e
analisar quais são as mudanças possíveis e necessárias, depois planejar em
conjunto com todas as áreas organizacionais os investimentos necessários em
tecnologia e em capacitação pessoal e, por último, verificar as etapas de
implantação. È importante, em cada uma destas etapas, ter consciência entre o
que é necessário e o que é possível de ser realizado. Estudos sobre marketing
de relacionamento apontam que a maior parte dos casos de fracasso no processo
de implantação refere-se à falta de um planejamento adequado, falta de visão de
atendimento e inconsistência com a cultura organizacional. No início da década
de 90 havia uma corrida para a implantação de banco de dados nas empresas,
acreditando que seria a tábua de salvação para todos os problemas de
atendimento. Porém, o que se percebeu algum tempo depois e que os bancos de
dados se transformaram em “bando de dados”! Além disso, a insatisfação do
consumidor continuou e o número de reclamações aumentou. De quem era a
culpa? Da tecnologia de banco de dados,
diziam os gestores e os profissionais que atuam no atendimento! Mas, é evidente
que não. O problema é mais profundo, e começa pelo foco demasiado que as
empresas dão ao produto e as vendas. Pela alta atenção em pesquisas destinadas
aos produtos e baixa no entendimento sobre o consumidor. As empresas
nitidamente gastam mais tempo e dinheiro resolvendo os problemas internos e em
pesquisas de novos produtos e serviços do que na busca de compreender melhor o
consumidor e a sociedade. Se o ponto de partida do marketing e, se a razão
social das empresas e atender as necessidades do mercado, as empresas deveriam
estudar melhor o comportamento do consumidor. (Prof. Dr. Luiz Claudio Zenone)
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